A ministra de ciência, tecnologia e inovação, Luciana Santos, recebeu nesta quarta-feira (8) uma carta dos servidores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). A Carta entregue à ministra quer comitê de busca e diretoria provisória
A carta expressa a preocupação dos servidores com a situação
do Inpa, pois, já se passaram quase três meses da posse do governo Lula e o
instituto, de acordo com os trabalhadores, “continua em um momento difícil e
dramático, considerando a falta de perspectivas imediatas para os inúmeros
problemas estruturais da instituição”.
Além disso, reclamam da continuidade da gestão “opressora e
autoritária” da diretora Antônia Pereira, cujo mandato deveria ter terminado em
dezembro do ano passado.
Por conta disso, os servidores do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia pedem à ministra de ciência e tecnologia, Luciana Santos,
a revogação imediata do atual regimento interno do Inpa.
Tal regimento, produzido no final do ano de 2022, teria sido
feito sem nenhuma transparência e sem participação da comunidade científica.
Além disso, alterou a estrutura organizacional do instituto, extinguiu uma
importante coordenação e inviabilizou a pós-graduação na instituição.
COMITÊ DE BUSCA
A carta dos servidores do Inpa também pede a implementação
do comitê de busca, pois, entendem que o primeiro passo para encerrar a gestão
da atual diretora é a escolha da próxima direção. “Nesse sentido, os servidores
solicitam que a implementação do novo comitê de busca para o Inpa seja efetuada
com urgência prioritária”.
Além disso, solicitam a inclusão de um representante da
comunidade científica no comitê de busca já que, mesmo reconhecendo o avanço
desse método nos anos de 1990, não se mostrou isento a pressões políticas e
nunca se pautou na transparência.
DIREÇÃO PROVISÓRIA
Dessa forma, os servidores solicitam ao Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovação que a comunidade do Inpa, por meio de um
processo de seleção interno, possa indicar um dos seus servidores como membro
do próximo comitê de busca para nova direção.
Por fim, a carta do Inpa solicita a nomeação de uma direção
de transição, até a posse da nova diretoria, pois, a atual teria sido escolhida
por “intervenção militar externa”, na Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro.
Por: Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
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