quinta-feira, 29 de junho de 2023

EXTRAÇÃO EXCESSIVA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA INCLINOU O EIXO DA TERRA

Pesquisadores descobriram que extração excessiva da água  de mananciais do subsolo contribui para alterar o equilíbrio da distribuição de massa ao redor do planeta causando a inclinação.


Cavar um poço pode ser altamente perigoso. É o que afirmam os cientistas em um novo estudo: em busca de água no subsolo terrestre, o homem já drenou tanto H₂O das reservas que alterou o eixo de inclinação da Terra. A água potável presente nos aquíferos subterrâneos pode ser usada por pessoas e animais e também na irrigação das plantações — quando há escassez de chuvas. Porém, a nova pesquisa revela que a extração persistente de água durante mais de uma década afetou o eixo no qual o planeta Terra gira, inclinando-o para o leste a uma taxa média de aproximadamente 4,5 centímetros por ano.

De acordo com um artigo publicado por pesquisadores no periódico científico Geophysical Research Letters, essa mudança pode ser observada até mesmo na superfície do nosso planeta, porque contribuiu de forma direta para o aumento global dos níveis dos oceanos — em função da inclinação.


Em comunicado à imprensa, Ki-Weon Seo, professor do departamento de educação em ciências da Terra na Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, disse: “O polo rotacional da Terra realmente muda muito. Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas realmente tem o maior impacto na deriva do polo rotacional”.

O interior do nosso planeta é composto de diversas camadas de rochas e magma que se movimentam em torno de um núcleo denso e quente. Porém, na camada de rocha mais externa, há grandes quantidades de água. Estima-se que os aquíferos — reservatórios rochosos — armazenem mil vezes mais água do que todos os rios e lagos do mundo.

O IMPACTO NEGATIVO DA EXTRAÇÃO DE ÁGUA 

De acordo com o artigo, o fator mais notável das variações de longo prazo no eixo rotacional já era conhecido como o fluxo do manto — o movimento natural das rochas fundidas presentes na camada subterrânea entre a crosta terrestre e o núcleo externo. No entanto, segundo a nova modelagem, a extração de águas subterrâneas é o segundo fator mais impactante no eixo da Terra, segundo Ki-Weon Seo.

A extração da água dos aquíferos pode ser uma tábua de salvação, especialmente nas regiões do mundo nas quais não há saneamento básico ou que enfrentam grandes secas. Porém, essas reservas são finitas; uma vez drenados, os aquíferos levarão muitos anos para se reabastecer. “Afetamos os sistemas da Terra de várias maneiras, as pessoas precisam estar cientes disso”, disse Seo.

Fonte: 

REDAÇÃO OESTE

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domingo, 25 de junho de 2023

EMPRESAS BRASILEIRAS ADOTAM SEMANA DE QUATRO DIAS DE TRABALHO SEM CORTAR SALÁRIOS E AINDA PRODUZEM MAIS, AGORA SERÁ "QUINTOU "!!!

Companhias que testaram novo modelo de jornada reduzida colhem indicadores de melhora no bem-estar dos empregados sem perda de produtividade.

Menos ansiosos, mais produtivos e com a criatividade a todo vapor. É assim que se sentem funcionários de empresas brasileiras que adotaram a semana reduzida, com quatro dias de trabalho em vez de cinco, sem redução proporcional de salário.


São companhias que seguem uma tendência que avança em vários países para aumentar o bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

Líderes de empresas ouvidas pelo GLOBO apontaram indicadores de aumento na qualidade de vida de empregados sem perda de produtividade e demissões. Ao contrário, as primeiras avaliações indicam melhores resultados, maior retenção e atração de talentos e estímulo à inovação.

Faltam dados precisos, mas cresce no país o número de empresas nas quais a quinta é a nova sexta-feira. Ou que trocaram a melancólica segunda pela terça-feira. Há ainda modelos com pausa no meio da semana ou rodízio.

Entre os trabalhadores, com um dia livre a mais, a maioria relata mais horas ao ar livre, frequência maior de exercícios, espaço para cuidar da saúde mental e principalmente mais tempo para organizar a própria casa e dar atenção à família, deixando o fim de semana realmente para descansar.

A semana reduzida virou uma causa global da organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que tem conduzido experimentos em vários países do mundo. Entre junho e dezembro de 2023, acontece o primeiro teste no Brasil, em parceria com a ONG brasileira Reconnect Happiness at Work.

Trezentas empresas brasileiras já se inscreveram para a primeira fase, com seminários sobre o modelo e resultados dos testes internacionais. No projeto piloto, 50 companhias de diferentes portes e setores terão os resultados avaliados após seis meses.

‘Descansado produz mais’

Mas existem empresas no país testando o regime por conta própria e colhendo resultados positivos parecidos com os do exterior. A maioria é de pequeno porte e da área de tecnologia, um setor de maior flexibilidade e de grande disputa por profissionais qualificados.

É o caso da Vockan, representante da QAD no Brasil, que desenvolve programas de gerenciamento para indústrias. Em novembro do ano passado, a empresa de São Paulo adotou a semana de quatro dias para sua equipe de suporte.

Em março, uma pesquisa interna mostrou aumento do índice de percepção sobre qualidade de vida de 57% para 86% entre os cerca de cem funcionários. O nível de satisfação foi de 54% para 70%. Segundo o CEO Fabrício Oliveira, a produtividade aumentou logo nas primeiras semanas com a mesma equipe e houve queda drástica na rotatividade:

— Pergunte por qual salário os funcionários sairiam da empresa. Tem que ser uma proposta muito, muito boa. O número de currículos recebidos aumentou muito. É um modelo que deu certo. Pessoas descansadas produzem mais.

Desde março de 2022, quando a semana de quatro dias foi adotada pela empresa de inteligência de dados Phonetrack, em Curitiba, os pedidos de demissão caíram 48%.

Segundo Karoline Hasse, coordenadora de Gestão de Pessoas da companhia, em pouco mais de um ano, a produtividade ficou no mesmo patamar, mas clientes e colaboradores mostraram melhores níveis de satisfação, segundo levantamento interno.

Embora tenha mantido as 55 vagas da equipe, mesmo com um dia a menos de trabalho, o banco de horas teve uma redução de 70%. Ou seja, os funcionários mantiveram o mesmo nível de atividade fazendo menos horas extras do que quando a empresa funcionava cinco dias por semana, observa a executiva:

— Isso mostra que as pessoas não trabalharam para além dos quatro dias. Remodelamos algumas coisas para dar certo, como reuniões mais curtas. Mandamos a pauta antes para economizar tempo.

Segundo Glícia Braga, gerente de Recursos Humanos da startup financeira Efí, um dia a menos de jornada também tem funcionado para a empresa de Ouro Preto (MG), mas não é fácil.

Requer esforços em contrapartida, sobretudo no treinamento e na comunicação entre equipes para colher os benefícios sem afetar os resultados. Ela conta que, desde julho de 2022, quando o modelo começou a ser implementado na fintech, os times que somam 338 pessoas foram orientados a melhorar o gerenciamento do tempo:

— As equipes passaram a olhar para o que poderia ser otimizado porque abraçaram a ideia. Houve melhoria na produtividade, porque entregamos o mesmo que antes, agora em quatro dias.

Difícil avaliação

Um levantamento da empresa de tecnologia NovaHaus, que adotou uma folga às quartas-feiras em maio do ano passado, estima um aumento de 13% na produtividade e um crescimento de quase 82% no número de funcionários que praticam atividades físicas em um ano.

Mas o CEO Leandro Pires admite que é difícil mensurar o quanto o regime contribuiu para melhorar o desempenho da equipe de 60 pessoas divididas entre Franca (SP), a capital paulista e Nova York:

— O modelo demanda que avaliemos a produtividade de outra forma, porque na empresa trabalhamos com muitos processos criativos. Não é olhando as horas, mas resultados, e isso é muito subjetivo.

A gerente de arte da NovaHaus, Letice Borges, de 37 anos, diz que foi complicado tirar um dia do seu cronograma semanal, mas acabou surpresa com a capacidade de dar conta de tudo em quatro dias:

— Brincamos que temos dois “sextou”. A escolha da quarta foi por conta de alguns processos, mas quebra o cansaço, serve para tomar fôlego.

A empresa de programas educacionais de administração AAA tem semana reduzida desde janeiro de 2022 em formato flexível: os gestores definem o day off de cada equipe, dependendo das demandas específicas de cada área. Guilherme Cunha, head de Sucesso do Cliente, diz que a maior dificuldade é a adaptação:

— Pode ser complicado entender como reduzir processos que achávamos que não poderiam ser reduzidos. Em datas com fluxo de entregas muito grande, encontrar um dia para o day off é um desafio enorme, mas não impossível. Tudo valeu muito a pena no final e gerou enorme melhoria.

Para Oliveira, da Vockan, o mais difícil foi convencer as lideranças da empresa. Na área financeira, houve quem questionasse o sentido de manter o salário de alguém reduzindo em 20% sua carga horária.

Nas operacionais, o temor era de que não seria possível abrir mão de empregados por um dia e manter o nível dos serviços. A solução foi um rodízio, explica o executivo:

— Tivemos que adotar escalas para que os clientes não ficassem desassistidos. Mudamos o modelo de trabalho.

Por Ana Flávia Pilar — Rio - O GLOBO

quinta-feira, 22 de junho de 2023

IMORAL, CREA AMAZONAS E CONFEA FAZEM FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO ORIUNDO DAS ANUIDADES DOS PROFISSIONAIS, MARCANDO REUNIÃO EM PARINTINS – AM EM PLENA FESTA DO BOI BUMBÁ DE PARINTINS, PAGANDO DIÁRIAS E PASSAGENS PARA PRESIDENTES DE CREAs

A reunião que será realizada pelo CREA Amazonas nos dia 28 de junho a 01 de julho de 2023, autorizada e paga pelo  sistema CREA/CONFEA é uma verdadeira excursão turística que os presidentes dos CREA do Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins terão ao Festival Folclórico do Boi de Parintins, ferindo o principio da moralidade, razoabilidade e economicidade 

O sistema CREA/CONFEA aprovou,  autorizou e deverá pagar  diárias e passagens para os Presidentes dos CREAs dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, e também funcionários do CREA e colaboradores para participarem reunião do Colégio de Presidentes dos CREAs Norte, que será realizada na data de 28 de junho a 01 de julho, na mesma data que ocorre o festival de boi bumbá de Parintins – AM.   



O  Festival de Parintins 2023 ocorre entre os dias 30 de junho e 2 de julho, coincidentemente dois dias da reunião serão nos dias que ocorre a apresentação dos bois garantido e caprichoso no Bumbodromo de Parintins, vale ressaltar que durante a semana do festival folclórico, no período de 26 de junho a 01 de julho  as atividades da cidade de Parintins é somente voltada para os festejos do festival do boi. 


DAS CONCESSÕES DE DIARIAS E PASSAGENS PELOS CONSELHOS PROFISSIONAIS 


Segundo o relatório do TCU, as irregularidades e inconsistências associadas à  concessão de diárias e passagens é um tema recorrente no âmbito dos conselhos profissionais.

 

Quando se trata de recursos públicos ou arrecadados com base em prerrogativa pública, como no caso dos CREAs, deve ser a mais prudente possível, visando-se assim obstaculizar o desperdício de dinheiros obtidos junto à coletividade.

 

Assim, a Decisão adotada pelo TCU foi a seguinte: Acórdão TCU 0570/07 - Plenário: “Determinar aos Conselhos Federais de Fiscalização de Profissões Regulamentadas que a normatização da concessão de diárias, deve pautar-se pelo crivo da razoabilidade, do interesse público e da economicidade dos atos de gestão, bem como pelos demais princípios que regem a Administração Pública .


Para os presidentes dos CREA chegarem até a cidade de Parintins haverá a necessidade primeiramente de chegar em Manaus que é um custo de passagem e depois terá um outro custo de passagem de Manaus para Parintins, ferindo o principio da economicidade o que não ocorreria se a reuniao fosse realizada em Manaus

 

DOS RECURSOS QUE O CREA AMAZONAS E CONFEA   PAGAM AS DIÁRIAS E PASSAGENS

  

Os recursos arrecadados pelo CREA e CONFEA são constituídos em sua maioria das anuidades pagas pelos profissionais que deles fazem parte e destinam-se ao custeio das atividades administrativas das respectivas entidades utilizadas no cumprimento de sua finalidade.


Originários da Constituição Federal, por força das disposições do art. 149, a esses recursos são aplicados os princípios constitucionais e legais inerentes aos tributos e, enquadrando-se como contribuições parafiscais, estão sujeitos ao controle externo, a cargo do Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 


CUMPRIMENTO DAS NORMAS E DOS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELOS CREA E CONFEA 


“Os CREAs e CONFEA têm natureza autárquica, arrecadam e gerenciam recursos públicos de natureza parafiscal, estando sujeitos às normas de administração pública, e ao controle jurisdicional do TCU. É certo que, apesar da natureza pública do CREA e CONFEA e dos recursos por eles arrecadados, esses entes não integram a Administração Pública e tampouco os seus gastos estão incluídos no Orçamento Geral da União, dadas as prerrogativas especiais que detêm. Contudo, criados por lei para o exercício de função pública (art. 5º, inciso XIII; art. 21, inciso XXIV, e art. 22, inciso XVI, da Constituição Federal), regem-se pelas regras de direito público, sendo os CREAs e CONFEA submetidos às normas e princípios da Administração Pública. ” 


CASO SEMELHANTE DE INDICIO DE EXCURSÃO TURISTICA  MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL JÁ CONDENOU CREA  A DEVOLVER VALORES DE DIÁRIAS E PASSAGENS USADAS DE FORMA IMORAL 


No ano de 2012, O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública na Justiça pedindo o ressarcimento de R$ 410 mil aos cofres públicos pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP). O motivo foi uma viagem de 33 integrantes do Crea-SP a Genebra em 2011. O MPF pediu que cada conselheiro, diretor e assessor da comitiva devolvesse os valores recebidos - dois fizeram a devolução voluntariamente. 


O grupo foi à Suíça participar da Convenção Mundial de Engenheiros, a WEC 2011, realizada de 4 a 9 de setembro de 2011, com despesas totalmente pagas pelo Conselho, segundo o MPF. O presidente do Crea-SP à época) autorizou uma verdadeira excursão a Genebra, sem demonstração de qualquer vínculo com as obrigações institucionais da autarquia", disse o procurador da República.

EM PLENA CRISE CLIMÁTICA AMBIENTAL CAIXA ECONÔMICA FEDERAL FINANCIA OBRA DA PREFEITURA DE MANAUS QUE VIOLA O CÓDIGO AMBIENTAL DE MANAUS E VAI CORTAR 132 ÁRVORES DESTRUINDO ÁREA VERDE NO PARQUE DOS BILHARES

  A Caixa Econômica Federal confirmou que está financiando a obra que está destruindo a área verde do Parque dos Bilhares em Manaus-AM, onde...